A consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto do
Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (AHFM) do Crato, que é promovido
pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), terminou esta
quinta-feira.
A Zero considera que os documentos disponíveis para consulta pública mostram
que o projeto não seria a solução mais viável para promover a economia local,
como também “é um exemplo das más decisões de utilização” de dinheiro público.
Não obstante, a associação menciona o impacto ambiental e social negativo,
caso fosse construída a barragem. Segundo a Zero, iria contribuir negativamente
para o fenómeno das alterações climáticas, “pela perda de sumidouros”, e
aumento de gases com efeito de estufa.
Segundo a Zero, os direitos da população da aldeia do Pisão, que terá que
ser realojada, devido à inundação da povoação, ainda não estão bem definidos,
já que “o EIA não dá quaisquer garantias” para uma solução, nem prevê custos.
A futura barragem, cujo principal objetivo é garantir a disponibilidade de
água para consumo urbano, vai surgir numa área de 10 mil hectares e beneficiar
cerca de 110 mil pessoas nos 15 municípios do distrito de Portalegre.