Antes do forno ser encontrado, foram encontradas “evidências” da atividade oleira na região, nomeadamente cinzas, revelando que podem existir mais fornos. O arqueólogo, Fernando Santos, salienta, ao Barlavento, que Faro pode nem sempre ter sido uma cidade onde a olaria fosse mais marcante, como nas cidades de Lagoa, Silves e Tavira.

Fernando Santos acrescenta também, que os fornos tinham pouca durabilidade e que com o tempo poderiam ficar com a estrutura instável. Nesses casos, a solução passaria pelo encerramento do forno ou pela sua reconstrução, que é evidente em algumas partes do forno encontrado.

Não foram encontradas peças de cerâmica intactas, apenas cacos que poderiam ser resultado da última fornada, que pode ter acontecido no início do século XVII. Fernando Santos acredita que em Faro se produzissem produtos como “utensílios de cozinha”, como tachos e candis para iluminação.

Já no início de julho se tinha descoberto parte da estrutura, depois com o apoio de Paulo Botelho a área de investigação foi alargada, dando aos arqueólogos mais liberdade para encontrarem artefactos. Durante o processo de escavação do forno, foram também encontrados vestígios de obras romanas, adianta o semanário Barlavento.