A 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo vai apresentar, até dia 2 de novembro, mais de 200 filmes, entre os quais "longas-metragens que foram exibidas e premiadas em festivais durante o último ano, novos trabalhos de diretores consagrados e filmes de revelações do cinema".


A maioria dos filmes portugueses estará na secção "Perspetiva Internacional", nomeadamente "A Noiva", de Sérgio Tréfaut, e "Lobo e Cão", de Cláudia Varejão, ambos estreados no festival de Veneza. Se o primeiro ficciona sobre histórias verídicas de recrutamento de mulheres para o Estado Islâmico, o segundo aborda questões sobre identidade de género, a partir do contacto da realizadora com jovens nos Açores.


Também o documentário "Distopia", de Tiago Afonso, sobre mais de uma década de mudanças no tecido social do Porto, a investigação cinematográfica "Kinorama - Cinema Fora de Órbita", de Edgar Pêra, e o filme-ensaio "Objetos de Luz", de Acácio de Almeida e Marie Carré; um olhar sobre o trabalho daquele diretor de fotografia no cinema português.


"Restos do vento", de Tiago Guedes, "Nunca nada aconteceu", primeira longa de ficção de Gonçalo Galvão Teles, "Nação Valente", do luso-angolano Carlos Conceição, com a guerra colonial em pano de fundo, "Campo de Sangue", de João Mário Grilo, a partir de um romance de Dulce Maria Cardoso, e "Pacifiction", do espanhol Albert Serra, coproduzido por Portugal, também estão no "Perspetiva Internacional" de São Paulo.


A mostra dedicará uma parte da programação a novos realizadores, que tenham uma ou duas longas-metragens, e será atribuído um prémio do júri ao melhor filme.