Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações anteriores à conferência, referiu que o número de denúncias de abuso sexual no seio da Igreja Católica “não era particularmente elevado”. No entanto, o chefe de Estado português vem agora a público dizer que houve uma má interpretação das suas palavras e que pretendia dizer “exatamente o contrário”, que o número afinal só era baixo devido ao medo das vítimas em falar.

Face às críticas que as suas declarações suscitaram, o chefe de Estado divulgou uma nota a explicar que "este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo mundo", admitindo que "terá havido também números muito superiores em Portugal".

Falou depois para a RTP e para a SIC a reforçar a mesma mensagem, reiterando que 424 queixas lhe parece um número "curto" face ao que estima ser a realidade, declarando que aceitava democraticamente as críticas que recebeu, mas não as compreendia.