Os oito sindicatos (Fenprof, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) ameaçam que se até ao dia 10 de janeiro o ministro da Educação, João Costa, não recuar em algumas das propostas que apresentou no âmbito da negociação da revisão do modelo de recrutamento e mobilidade, iniciando novas negociações sobre os temas, os professores vão entrar numa paralisação de 18 dias.


“Se, no final, continuarmos a ter os mesmos problemas por resolver, haverá uma segunda volta”, que se poderá repetir “enquanto se achar necessário”, afirmou o secretário-geral da Fenprof. Um dos problemas que os professores se queixam é, por exemplo, uma eventual introdução nos concursos de outros critérios além da graduação profissional. Em simultâneo, os professores pedem a abertura de novos processos negociais para discutir temas como a contagem integral do tempo de serviço, a eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, o fim da precariedade e a mobilidade por doença.


Durante os dias de paralisação previstos para janeiro, os sindicatos pretendem também que os professores dos distritos que naquele dia estiverem em greve se concentrem em locais centrais das localidades e que possam explicar à população os motivos que os leva a fazer greve, de forma a conseguir o apoio das pessoas e para a população não fique contra os professores.


Relativamente à greve que se encontra a decorrer desde 9 de dezembro e se prolongará durante o mês de janeiro, Mário Nogueira deixou uma palavra aos docentes que aderiram ao protesto, afirmando que “a luta é sempre legitima, ainda que possamos considerar que os momentos adequados são outros”.


Além das vigílias que decorreram ao longo dos últimos quatro dias em várias zonas do país, terminando hoje, as estruturas sindicais já tinham anunciado também um “dia D”, com a paralisação das escolas durante a manhã “para refletir e debater”, que será marcado após a próxima reunião negocial com o Ministério da Educação.