“Este pacote agora aprovado vem juntar-se aos sete milhões de euros já atribuídos este ano pela CML, a esta área”, informou o município, em comunicado.


Na quarta-feira, em reunião privada do executivo camarário, foram aprovadas propostas para a área da proteção e cuidados às pessoas em situação de sem-abrigo, com um valor de aproximadamente 1,3 milhões de euros, que representa a soma dos apoios financeiros a conceder.


“Este pacote de medidas aprovado será ainda complementado por outros apoios que visam ajudar as entidades da sociedade civil no terreno a continuar o meritório trabalho que desenvolvem na cidade, em particular numa área crucial do ponto de vista dos cuidados aos cidadãos mais carenciados e sem teto”, declarou a vereadora Sofia Athayde, citada no comunicado.


No orçamento municipal de Lisboa para 2023, a Câmara de Lisboa prevê quatro milhões de euros para intervenção junto das pessoas em situação de sem-abrigo (mais 34% face a 2022).


No âmbito do mau tempo, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou, na quarta-feira, a ativação de um plano de contingência para pessoas em situação de sem-abrigo que solicitem acolhimento de emergência.


Numa publicação na rede social Facebook, a autarquia lisboeta, presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, indica que desde terça-feira várias pessoas foram já alojadas no Centro de Acolhimento e Emergência Municipal de Santa Bárbara, no Centro de Alojamento temporário de Xabregas e no Centro de Alojamento temporário do Beato.


Segundo a Câmara Municipal, os utentes tiveram acesso a refeições quentes, higiene e cuidados de saúde.


O município refere ainda que, “além do trabalho diário desenvolvido, as equipas de apoio continuam na rua, disponíveis para reencaminhar quem assim o desejar para os centros de acolhimento de emergência”.


“Vemos apelos, e hoje [terça-feira] os apelos têm sido muitos por parte das autoridades para as pessoas ficarem em casa, e existe um completo ignorar do facto de haver muitas pessoas na nossa cidade sem casa e que não têm casa para onde ir”, lamentou Carla Madeira, presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia.