Perante um Salão Nobre da Câmara de Coimbra, o arquiteto catalão Joan Busquets apresentou a sua ideia, não apenas para a estação intermodal de Coimbra, mas para toda a zona circundante, num projeto que é uma revisitação e adaptação de um outro que desenhou há mais de dez anos, aquando de um projeto de alta velocidade que acabou por nunca avançar.

Joan Busquets propõe três edifícios, com alguma dimensão vertical e interessantes do ponto de vista arquitetónico, que sirvam como pontos de referência e de diálogo com o resto da cidade, sendo visíveis a partir da Fernão de Magalhães ou da Alta de Coimbra.

O plano prevê uma ligação entre pequenos pontos de zonas verdes com a Mata Nacional do Choupal e um corredor verde por baixo do viaduto do IC2, na zona da Casa do Sal, tornando mais fácil a ligação pedonal ou de bicicleta à futura estação, que tanto poderá ser feita por essa zona como a partir do passeio ribeirinho, junto ao Mondego e que passa depois perto do Choupal, onde se prevê um outro aproveitamento do espaço público.

O plano aponta também para um desvio do IC2 no futuro, para aliviar a zona da Casa do Sal, considerando que a intervenção agora proposta de um corredor verde entre aquele ponto e a Baixa, passando pela avenida Fernão de Magalhães, não precisaria de alterações caso a mudança do IC2 se concretizasse.

Os processos do concurso de concessão do troço entre Aveiro e Coimbra da linha de alta velocidade, onde estará incluída a construção da nova estação de Coimbra-B, deverão ser lançados no final de 2023, referiu a IP, prevendo que a primeira fase da linha de alta velocidade (entre Porto e Coimbra) esteja concluída em 2028 e a segunda fase (entre Coimbra e Carregado) até 2030.