Na nota, assinada pelo presidente da companhia, Mark Zuckerberg, a Meta adiantou que “nos próximos meses” a sua gestão irá anunciar “planos de reestruturação” para tornar as organizações mais eficientes, “cancelando projetos de menor prioridade” e reduzindo o ritmo de contratações. O grupo irá, por isso, cortar no tamanho da sua equipa responsável pelas contratações.

A Meta destacou ainda que espera anunciar as reestruturações e rescisões nas empresas que gere entre o final de abril e de maio, mas em alguns casos pode levar até “ao final do ano”.

“Globalmente, esperamos reduzir o tamanho da nossa equipa em cerca de 10 mil pessoas e encerrar perto de 5.000 postos adicionais que ainda não tinham sido preenchidos”, adiantou, na mesma nota.

Admitindo que este processo será “duro”, a Meta garantiu que “não há outra alternativa”.

Depois da reestruturação, a empresa diz que irá reverter o “congelamento de contratações e transferências” em cada grupo de sociedades que gere, sendo que o grupo pretende concluir no verão a sua análise dos resultados do ano de “trabalho híbrido”.

No final do ano passado, a Meta anunciou que iria despedir cerca de 11.000 trabalhadores, 13% da sua mão-de-obra.

Estes despedimentos, segundo disse Mark Zuckerberg na altura, tinham como objetivo a tornar a empresa mais ágil e eficiente e responder às mudanças no ambiente económico e empresarial.

No ano passado, os lucros da Meta caíram 41%, para 23.200 milhões de dólares (21.656 milhões de euros).

As tecnológicas têm sido afetadas pela inflação, pela fragilidade do mercado publicitário, aumento da concorrência e outros fatores.

No início deste ano, 12 tecnológicas mundiais já tinham anunciado a eliminação de mais de 74.000 empregos em 2023, sem contar com a redução anunciada pela Meta e Amazon, em novembro, de 21.000 pessoas.

De acordo com contas feitas pela Lusa, com base na informação divulgada por 12 das principais tecnológicas, a maioria norte-americanas, mais de 74.000 empregos vão ser cortados, onde se inclui a Alphabet, dona da Google, Microsoft, Disney e até o Spotify.