“Não se esperavam muitas variações nos tipos de cancro mais frequentes face aos anos anteriores. Estes dados vão ao encontro do padrão habitual. O que sobressai neste RON é o número total de novos casos que é inferior ao previsto, algo que reflete o impacto da pandemia da covid-19”, disse à agência Lusa a coordenadora do RON, Maria José Bento.

Em 2020 foram registados, em Portugal, mais de 52 mil novos casos, menos 9% do que em 2019.

O cancro da mama sobressai com 7.504 novos casos, seguindo-se o do colorretal com 6.680. Foram registados 5.776 novos casos de cancro da próstata e 4.737 de cancro do pulmão.

Nas mulheres o cancro mais frequente é o da mama, seguindo-se o colorretal e o da pele não-melanoma. No caso dos homens, o cancro mais diagnosticado é o cancro da próstata, seguido do colorretal e pulmão.

Em Portugal, o cancro é a segunda causa de morte, responsável por mais de 28 mil mortes anuais, tendo em 2020 sido responsável por 23% de todas as mortes.

Ainda de acordo com o RON 2020, o cancro do pulmão foi responsável por 15,4% das mortes por cancro. O cancro colorretal provocou 13,3% das mortes por cancro, enquanto o cancro do estômago causou 7,9% das mortes.

Na mulher, o cancro da mama foi o principal responsável pela mortalidade por cancro, enquanto no homem, foi o cancro do pulmão. Ao da mama, nas mulheres, seguiu-se o cancro do colorretal e o do pulmão como principais responsáveis pela mortalidade por cancro.

Nos homens, a seguir ao pulmão, o cancro que provocou mais mortes em 2020 foi o do colorretal e o da próstata.