O recrutamento requeria 25 cabo-verdianos para trabalhar na área do turismo em Portugal e 75 pessoas para a construção civil em Espanha. No espaço de uma semana, a OMCV, que está a coordenar o processo, teve de o suspender, devido ao elevado número de currículos recebido.

Fátima Balbina, dirigente da organização garante que a maioria das pessoas não procura um trabalho, mas sim uma oportunidade para sair do país, na esperança de encontrar melhores condições de vida. Segundo a responsável os pedidos de ajuda para emigrar foram muitos, recebidos pelas mais diversas vias, incluindo pelas redes sociais de Fátima Balbina.

A triagem das candidaturas ainda não está concluída, no entanto 300 candidaturas já foram selecionadas na primeira fase. Segue-se uma nova triagem, com base na formação, experiência profissional e cartas de recomendação enviadas pelos candidatos. A decisão final diz respeito à empresa que irá contratar os empregados.

A OMCV garante que o processo estará concluído em 2022 e que surgirem atrasos, deve-se aos efeitos burocráticos em Portugal e Espanha.

O Governo de Cabo Verde anunciou na semana passada que está a negociar com Portugal um acordo que garanta proteção e salvaguarda de direitos ao abrigo do contrato de trabalho para os trabalhadores cabo-verdianos que queiram aderir à mobilidade laboral.